Kardecismo ou Espiritismo Científico
Escrito por Aluizio Fontenelle
O Kardecismo, hoje conhecido pela quase totalidade do mundo civilizado; encarado por muitos sob o ponto de vista religiosa, é sem dúvida um grande passo dado para a a evolução do mundo científico moderna, tendo-se em conta os inúmeros incidentes havidos no que diz respeito ao estudo da ciência médica, ao qual tem prestado relevantes serviços.
Com o advento da liberdade que hoje desfruta a humanidade, em seguir esta ou aquela religião, sem a menor preocupação sobre as perseguições que antigamente existiam entre as crenças religiosas, tem o Espiritismo em geral, tcmado um grande impulso, incrementando-se entre as diversas classes saciais, sendo hoje em dia bastante conceituado não só pela prática de suas teorias que em sua maioria são verdadeiras e exprimem um sentido puramente caritativo e, visando unicamente o bem material e espiritual dos seus adeptos, como também, pelo fato de se tratar de uma religião nova, isto é: cujo aparecimento data de bem pouco tempo em relação às demais religiões, inclusive a religião católica, e que a sua prática só tem trazido o bem estar à coletividade.
É natural que todo aquêle que desconheça os princípios básicos em que se fundamenta o Espiritismo, tenha receios quanto à sua verdadeira finalidade, pois, sendo êle, tal como em todas as religiões, praticado por criaturas humanas e, existindo na humanidade elemen-
tos perniciosos que buscam sobretudo tirar proveito da ignorância, e, também da leviandade de sêres inconstantes e leigos, vêem-se muitas vêzes envolvidos em tramas e enrodilhadas que só podem prejudicar.
Precavendo-nos contra a má influência que sempre existe em tôda a humanidade, e, atentos, p:escrutando e procurando conhecer o caráter, o modo de proceder e os sentimentos das pessoas que conosco praticam o Espiritismo, teremos dado um grande passo na senda do
progresso espiritual. Se expurgarmos os maus elementos que corroem os sentimentos de humanidade e de bondade na prática do bem, também estaremos progredindo moral e espiritualmente, embora na certeza de
muitas das vêzes ficarmos sozinhos no campo de batalha.
Assim como Jesus expulsou os vendilhões do templo, também devemos expulsar das nossas hostes, aquêles que procuram enxovalhar-nos, praticando o comércio, usufruindo embora temporariamente os lucros nefastos da sua hedionda ignorância. Refiro-me àqueles que, abusando da sua mediunidade ou mesmo fingindo-se incorporados, num acinte de verdadeira mistificação, aproveitam-se dos necessitados espirituais, para cobrar-Ihes consultas, passes ou trabalhos mediúnicos, indo de encontro ao princípio básico da Doutrina Espírita, que diz: "DAI DE GRAÇA, AQUILO QUE DE GRAÇA RE CEBEIS".
Não raro, vê-se a todo o momento, ou tem-se conhecimento de antigos médiuns que eram assistidos por grandes Guias Espirituais, e que, de um dia para outro viram-se completamente abandonados pelos seus protetores, sendo atirados ao caos dos mais cruciantes infortúnios e sofrimentos, como prova para os seus maus atos praticados.
Todo médium, quer consciente ou inconsciente, tem sôbre os seus ombros grandes responsabilidades, não só perante a assistência, como também, pela missão que seu guia espiritual ou entidade tem a desempenhar sobre a terra. Por esse motivo, se esse médium transgride essas normas ou preceitos, só poderá colhêr para si as más influências, expondo-se desta maneira a graves consequências quanto à sua elevação espiritual, perdendo a sua força e, tornando-se presa fácil para os espíritos que exercem sôbre as criaturas fracas, o seu poder maléfico.
De uma grande certeza podemos estar convictos: se formos bons, para nós atrairemos bons fluidos, e o nosso KARMA será menos pesado; e, ao contrário: se formos maus, só nos poderão advir os maus fluidos, os maus pensamentos e tudo para nós se tornará penoso.
(Extraído do livro: O Espiritismo no Conceito das Religiões e a Lei de Umbanda, 3. a edição)
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